A captura de Cérberos

Autor: Agatha Christie e organizado/comentado por Jonh Curran

Editora: Leya

Ano: 2010

ISBN: 9788562936272

Páginas: 95
Classificação: 

Setenta e três diários pessoais.
Dois contos inéditos de Poirot.
Uma vida inteira de msitérios.
O mundo de Agatha Christie
finalmente desvendado!

Quando Agatha Christie morreum em 1976, com 85 anos de idade, ela era a autora mais conhecida do mundo, com seus livros ultrapassando os dois bilhões de cópias vendidas e traduzidos em mais de cem países. Além disso, Christie alcançou o que se julgava impossível - a partir de 1920, publicou mais de um romance por ano: cada publicação um best seller.
Em 2004, um incrível legado foi revelado: descobertos entre outros objetos deixados na casa da família de Christie estavam seus diários - 73 cadernos escritos à mão com notas, listas e desenhos que apresentam seus planos para diversos livros, peças e contos. Entre as relíquias, observações, pistas e notas sobre seus famosos livros que fascinaram gerações de leitores. Repleto de detalhes que a modesta autora jamais revelou, Os diários secretos de Agatha Christie inclui reproduções das páginas originais de seus cadernos e cartas e, ainda, a publicação de dois contos inéditos de Poirot. Imperdível. 

Vou ser bem sincera. Este livro é pra quem é fã da Agatha. Se você não é fã, você não irá entender nada!

O livro começa com o conto inédito de Mr. Hercule Poirot - A captura de Cérberos - onde Poirot esta em Genebra e durante uma conversa com uma velha conhecida, é levantada a hipótese de que ele é um detetive tão formidável que poderia até ressuscitar os mortos. 

Mais tarde, um colega desta amiga, entra em contato com Poirot, pois o filho dele supostamente assassinou um grande lider político que estava inflando os corações da juventude na Europa e clamava que estes jovens entrassem em guerra. O conto é extremamente político e faz uma alusão clara a segunda guerra mundial e a Hittler. 

Prosseguindo, Poirot é convocado a descobrir quem realmente matou este lider político e "limpar" o nome do filho do seu contratante. Como ele fará isso, você precisará ler o conto para descobrir, mas vou logo adiantando, que trata-se de uma história bem curta; mas bem curta mesmo. A impressão que tenho é que a história só tem o início e o fim. Falta o enredo que é característico da Agatha; que prende a sua atenção. 
Como este conto estava no meio dos diários secretos dela, acredito qu simplesmente pegaram as partes soltas que ela deve ter escrito e uniram tudo de forma a fazer algum sentido. 

O restante do livro são relatos de Jonh Curran sobre o método totalmente desorganizado que Agatha mantinha para anotar possíveis ideias para livros nos seus 73 diários. Ele relata a caligrafia ilegível da autora, alguns trechos que ele conseguiu decifrar como sendo uma ideia para o livro tal e outro trecho para outro livro, presentes na mesma página...essas coisas....ou seja, a leitura fica meio chata e incompreensível para quem não é fã, pois ele começa a relatar os trechos e falar do livro que pertence aquele trecho. Se você não leu o livro, não faz a menor diferença o trecho citado. 

Eu, como fã, confesso que fiquei com uma certa inveja dele, pois ele teve acesso aos famosos diários, mas se eu fosse convocada para escrever um livro sobre esses documentos, provavelmente colocaria mais imagens das páginas e separaria os trechos por livro publicado para facilitar o processo criativo daquele livro específico e não no apanhado geral. Tem muitas curiosidades sobre os métodos de organização da Agatha, mas a impressão é que falta muita coisa a ser descrita e mesmo com a ajuda dele, as coisas ainda ficam meio confusas.