Entrevista com Alane Brito

Olá leitores!!

Falem a verdade... vocês estavam ansiosos pra chegar logo o domingo, né? Eu sei... afinal, domingo é dia de entrevista no Perdidas!

Então vamos logo conferir a entrevista de Alane Brito, autora de O Trio.

Entrevista Alane Brito

Khrys Anjos: O que você seria capaz de fazer por um amigo?

Alane: Pergunta difícil... Em geral, eu sou bastante fiel às minhas amizades, me apego muito. Mas não sei dizer ao certo o que eu seria capaz de fazer, até onde eu iria... Quando eu era criança fiquei contra minha irmã, por conta de umas amigas... O caso é que sou muito melindrosa, analiso bem as situações, vou ser sincera, é muito mais fácil se imaginar morrendo por um amigo do que fazer isso de fato... Não tenho absoluta certeza se chegaria ao extremo do extremo, mas me esforço a ser uma pessoa de confiança, a tentar estar ao lado quando necessário, dar conselhos... 

Gladys Freitas: Qual foi a sua inspiração para escrever o Trio?

Alane: Eu queria muito escrever uma história sobre amizade. Gosto muito do tema... E sou uma pessoa saudosista, acho que aproveitei a oportunidade para mergulhar um pouquinho em minhas lembranças, e entrei de cabeça... Não que eu tenha vivido o que eles viveram (graças a Deus), mas me refiro à sensação de liberdade, do calor, amigos bem próximos que viviam comigo minhas aventuras – muitas imaginárias... Sou do interior e vivia muito livre, gosto do clima mais simples.

Nardonio: O que você acha do clichê nas obras literárias? Você acha um "Bem/Mal" necessário?

Alane: Acredito que sempre fará parte das histórias e é necessário, pelo menos para mim, pois em geral, o clichê agrada a muita gente... Sempre haverá o herói e a mocinha em perigo, o cara malvado que persegue os dois, o caso é tentar mostrar isso de uma maneira diferente, o que é a parte complicada, porque minha sensação é que tudo o que escrevo, em algum lugar, alguém já escreveu ou escreverá e lançará livros antes de mim com algo parecido (risos)! É muito difícil pensar numa história sem haver um detalhe em comum com outras...

Alex Cardoso: Um livro ambientado no sertão não é comum hoje em dia. O que fez com que você escolhesse esse cenário?

Alane: Por isso mesmo. Por não ser comum atualmente, mas principalmente por fazer parte de minhas melhores recordações... Quando nos referimos ao sertão, a imagem que vem a nossa mente é o nordestino, de onde eu pertenço, na verdade... Mas a história de “O Trio” ocorre em Goiás, e apesar de eu descrever situações em épocas diferentes das vidas dos personagens, sempre ocorrem em dias de seca, por escolha minha... Quando a editora me apresentou a capa enxerguei algo do tipo “Vidas Secas”, mas decidi aceitar porque de cara senti a essência do livro... Gosto de imaginar situações com esse clima quente, pois faz parte de quem eu sou e de onde eu vim.

Fernanda Mendonça: Você tem um personagem que seja mais querido? Por quê?

Alane: Na verdade tem... Mas, como eu já disse em outras entrevistas, prefiro não falar para não influenciar a ninguém... Digamos que gosto do trio... Eu tenho isso comigo, pessoalmente, às vezes eu deixo de gostar de um personagem quando sei que o autor quis me manipular para isso, por ser o preferido dele... Coisa de maluco (risos). Não que eu queira manipular os leitores, sei que cada um tem suas escolhas, por isso procurei variar nas personalidades dos meus personagens. Nossa... Um dia ainda acabo respondendo... Qualquer coisa me procure no facebook, Fernanda, que te revelo.

Alice Aguiar: Qual seu livro favorito?

Alane: Hm... “O Cemitério”, de Stephen King.

Perdidas: Você se inspirou em algum livro ou autor para escrever a sua obra? 

Alane: Não... Mas acho que, de qualquer modo, a gente sempre tira um detalhe aqui e ali de obras que já lemos, apesar de não ter me inspirado em nenhum específico. Posso dizer que escolhi uma vila distante de tudo como cenário principal por causa do filme “A Vila”, que amei. Só que acho que a semelhança que se resume a apenas isso.

Perdidas: Os autores estudam muito para poderem escrever suas histórias. Como foi a pesquisa para este livro?

Alane: É sempre muito bom, eu amo as pesquisas! Começamos a penetrar na história a partir daí. Tive que tomar alguns cuidados com gírias, devido o fato da história se passar nos anos 40, averiguar o clima e local, para mencionar alguma árvore precisei saber sobre as árvores nativas, entre outros detalhes importantes.

Perdidas: Já temos novos projetos em andamento?

Alane: Tenho alguns livros prontos, só necessitando de revisão, porém estou num dilema, pois não sei se continuo revisando um romance que estava nos planos de ser o próximo a ser encaminhado para publicação ou se continuo escrevendo um que faz um tempinho que dei uma parada, esse é do gênero fantasia, uma novidade para mim, que sempre escrevi romances. Mas estou gostando bastante do desafio, uma vez que amo livros com esse tema. Quero fazer algo diferente dos que já existem... Tomara que eu consiga! 

Muito obrigada pelo convite, amei as perguntas! E espero que tenha valido à pena ler até o finalzinho!