Entrevista com Luciane Rangel

Todos prontos para conferir mais uma entrevista do Perdidas na Biblioteca? Ansiosos pra saberem quais as perguntas que foram selecionadas? Então vamos logo desvendar estes mistérios...

Entrevista com Luciane Rangel

Fernanda: Qual importância que os blogs literários têm na literatura nacional?
Luciane:  São essenciais! Difícil imaginar como eu conseguiria alcançar o público que alcancei se não fosse pelo apoio dos blogueiros. Vejo pelos dois lados, tanto como autora quanto como leitora. É comum eu querer comprar um livro e, para ter certeza, dar uma pesquisada em resenhas de blogs literários.

Vannessa Queiros: O mercado editorial mundial passa por muitas inovações, muitos gêneros tem conquistado os leitores: Distopia, Sobrenatural, Fantasia... Como você analisa esse mercado? Você 

está lendo quais livros no momento?

Luciane: Acho que essas inovações são mais do que bem vindas. Quanto mais opções, mais público leitor estamos formando. Acho que um bom resultado disso tem sido o aumento do índice de leitura entre jovens. Estou no momento lendo e revisando "Versos Sombrios", da autora brasileira Bianca Carvalho, e "Segredos de Anne Spot", da também brasileira Camille Thomaz.

Alex Costa: Qual foi a sua inspiração para escrever Guardians?
Luciane: A mitologia e a cultura japonesa, como um todo. E também outro tema que sempre achei bem interessante: a Astrologia.

Luciene G: Como foi o processo de criação de Guardians?
Luciane: Guardians surgiu com a vontade que eu e minha amiga e desenhista Ana Claudia Coelho tínhamos de fazer algum trabalho juntas. Comecei a rascunhar a história meio sem saber onde ela iria me levar, unindo cada elemento aos poucos, até que consegui estruturar um roteiro, mostrei pra Ana Claudia, ela gostou, e então começamos o trabalho. Publicávamos os capítulos mensalmente em um blog e em comunidades do Orkut e, muito rapidamente, a história foi ganhando público. Por conta disso, foi um processo de escrita bem divertido, porque eu tinha uma resposta imediata do público, capítulo a capítulo.

Nilza Maria: Foi difícil a decisão de tornar-se uma escritora? Ou você sempre teve certeza que um dia iria se tornar uma?
Luciane: Não foi bem uma decisão. Foi algo que aconteceu naturalmente. Pra ser bem sincera, apesar de sempre escrever, eu via isso de "ser autora" como algo muito distante, e achava até graça quando alguém dizia que um dia eu iria publicar um livro. Tudo ocorreu com Guardians, que foi originalmente escrito para ser publicado na internet. E, após três anos de publicação, acabou adquirindo um público considerável e esses leitores começaram a pedir para que eu publicasse uma versão impressa, para que eles pudessem comprar e ter em suas estantes o resultado final da história que acompanharam virtualmente durante tanto tempo. E tal publicação surgiu, inicialmente, apenas com o propósito de atender a esse pedido. A certeza que tenho, agora, é que não me imagino com outra vida. Amo a profissão que escolhi... Ou poderia dizer: amo a profissão que me escolheu.

Vanessa Queiros: Lu, como foi que surgiu essa sua "paixão" pela cultura japonesa?
Luciane: É uma dessas coisas sem muita explicação. Amo tudo relacionado ao Japão desde que me conheço como gente. Quando criança, era completamente apaixonada pelos tokusatsus que passavam na extinta TV Manchete: Jaspion, Changeman, Flashman, Cybercops, e tantos outros, ainda que os adultos ao meu redor reprovassem um pouco isso, alegando que eram seriados “feitos para meninos”. No finalzinho da infância e início da adolescência, veio a explosão dos animes no Brasil e eu fui contagiada também. E não me curei mais! rs

Vanessa Queiros: Lu, quais são seus mangás ou animes preferidos?
Luciane: Gosto de inúmeros títulos. Yu Yu Hakushô é a minha paixão suprema, juntamente com Sailor Moon. Outros que amo são Peach Girl, Rurouni Kenshin, Evangelion, Lovely Complex, Ayashi no Ceres... E muitos outros.

Vinicius Gomes: Quais são os seus autores preferidos? Eles inspiraram ou influenciaram de alguma forma a sua obra?
Luciane: Tenho gostos bem diversificados no que diz respeito à Literatura. Amo Luis Fernando Veríssimo, Machado de Assis, Khaled Hosseini, Dan Brown... E acredito que todos me influenciem de alguma forma, embora meu estilo não tenha muito a ver com o de nenhum deles. rs

Perdidas: Esta trabalhando em algum novo projeto? Conte pra gente!
Luciane: Estou sim! Em mais uma parceria com a Ana Claudia Coelho – minha amiga e desenhista de Guardians – estou trabalhando em um novo livro. Dessa vez uma comédia romântica, que também será toda ilustrada em estilo mangá, assim como Guardians. A Ana e eu estamos concluindo o trabalho e acreditamos que em no máximo dois meses já estaremos enviando para editoras. Enquanto isso, já estamos pedindo o apoio dos leitores com a assinatura de uma petição pela publicação de Tenshi – nosso novo título – que será enviada junto com o original para as editoras, só pra dar aquela forcinha a mais. Quem quiser e puder ajudar, basta ir no link e deixar o nome =)  http://www.peticao24.com/pela_publicacao_do_livro_tenshi

Perdidas: Se você tivesse que indicar um livro (os seus não valem!) que todo mundo deveria ler antes de morrer, qual seria?
Luciane: Ah, que pergunta difícil! Até porque, eu acho que todo mundo deveria ler muitos livros antes de morrer! rs Acho complicado, porque cada leitor sente um livro de forma diferente. Mas, baseada nos meus gostos, um livro que me tocou demais foi “A Cidade do Sol”, de Khaled Hosseini. Sempre indico, acho que todos deveriam ler.