Reiniciados por Teri Terry

Livro I 

Autora: Teri Terry 
Editora: Farol Literário
ISBN: 9788562525728
Ano: 2013
Páginas: 432
Classificação: 

As lembranças de Kyla foram apagadas, sua personalidade foi varrida e suas memórias estão perdidas para sempre. Ela foi reiniciada. Kyla pode ter sido uma criminosa e está ganhando uma segunda chance, só que agora ela terá que obedecer as regras. Mas ecos do passado sussurram em sua mente. Alguém está mentindo para ela, e nada é o que parece ser. Em quem Kyla poderá confiar em sua busca pela verdade?

Já pensou como seria acordar em uma cama de hospital sem se lembrar de nada? Sem saber como andar... sem saber falar... tendo que reaprender a se alimentar sozinha?!
Essa pode parecer a descrição de alguém que sofreu algum tipo de acidente, mas na verdade é a de um Reiniciado. 
Kyla é uma reiniciada, ou seja, uma adolescente que teve suas memórias apagadas pelo governo para ganhar uma "segunda, e última chance". 
E quem "merece" essa segunda chance? Os reiniciados são pessoas que são um perigo para a sociedade, como terroristas antigovernamentais, por exemplo; ou pessoas que são um risco para si próprias. Mas, nós vamos descobrir que pode não ser bem assim...

Para controlar os reiniciados, o governo instala uma pulseira chamada Nivo, que controla o nível de felicidade deles. Se os níveis ficam abaixo de 5, isso quer dizer que você não esta muito feliz.... o que seria uma coisa chata para a maioria das pessoas, mas para um reiniciado, isso pode ser muito ruim! É simples. Na mesma operação em que apagam as suas memórias, eles instalam um chip no seu cérebro que é ligado a esse "Nivo". Caso o Nivo marque níveis muito baixos, como por exemplo 3 pontos, você desmaia. Mas, se os níveis continuarem descendo até 2 pontos, por exemplo, o seu cérebro frita, e você morre. 

Então, é melhor você ficar feliz se não quiser morrer!!!

Kyla é entregue a uma nova família, que irá cuidar dela até os 21 anos, quando ela finalmente poderá se ver livre do seu Nivo e estará reintegrada totalmente a sociedade. Logo, Kyla começa a viver com a nova família: uma mãe muito perceptiva e que as vezes parece que lê pensamentos; um pai que parece guardar muitos segredos; e uma irmã reiniciada mais velha. 

Kyla começa a se integrar a sociedade, frequentando a escola, um grupo de apoio para reiniciados, que ela logo percebe, se comportam bem diferente dela. 

Os Reiniciados estão sempre sorrindo, respondem as pessoas gentilmente e com as respostas que elas sempre querem ouvir. Já Kyla tem uma voz dentro da cabeça dela, que fica lhe dizendo que algo esta muito... muito errado! Ela também sofre de sérios pesadelos; mas esses pesadelos são tão reais, que parecem ser lembranças. Mas como isso é possível? Ela teve seu cérebro apagado! Isso só prova que tem alguma coisa muito errada com ela! 

Porém, Kyla não pode deixar que ninguém perceba isso, pois se alguém suspeitar que ela não é tão adestrada quanto qualquer outro Reiniciado, ela pode ser levada pelos Lordeiros, a força de segurança do governo, que são pessoas nada agradáveis... 

Como manter as aparências sem levantar suspeitas e ainda conseguir informações para descobrir o que esta acontecendo com ela? Será que ela esta se lembrando de quem era antes de ser reiniciada? Mas se isso é verdade, e os Lordeiros descobrirem, o que irá acontecer com ela? 

É nesse clima de tensão constante que vemos a história de Kyla se desenrolar. E você, obviamente, vai ficando cada vez mais tenso, junto com ela, conforme descobre o que há por trás dos Reiniciados. 

As paredes tem ouvidos, e existem olhos espalhados por todos os lugares, prontos para captar qualquer deslize seu, o que pode resultar em uma visita dos Lordeiros.

Depois que ela percebe que tem algo errado com ela, e ela precisa descobrir o que é, fica impossível largar o livro; Mas, se você acha que terá todas as respostas neste livro, pode esquecer. Essa é apenas a ponta do iceberg. 

Kyla não pode confiar em ninguém, pois a enfermeira boazinha e preocupada com o bem estar dela, pode na verdade ser sua inimiga; até seus "pais" são suspeitos. 

O livro prende o leitor o tempo todo, pois ficamos tentando montar o quebra-cabeça junto com Kyla, e trata-se de uma distopia assustadora, pois se pararmos pra pensar bem... o que impede de que em alguns anos, quando a medicina estiver um pouco mais avançada, que o governo não resolva fazer isso com os nossos presidiários também?! 

Trata-se de um distopia? Sim. Mas que dá um frio na barriga quando a gente para pra pensar nessas coisas... dá!

Super recomendo a leitura desse livro e não vejo a hora de poder continuar decifrando este mistério com Kyla no próximo livro da série: Fragmentada. 

Tenho certeza que vem muita surpresa por ai...