Editora: Conrad
ISBN: 9788576165019
Ano: 2012
Páginas: 344
Classificação:
Charles nunca teve uma relação agradável com o pai, que ele considerava simplesmente constrangedor, nem sabia que ele era Anansi, o trapaceiro deus-aranha. Sequer fazia ideia de que tinha um irmão, Spider, ou imaginava no que sua vida se transformaria após tomar conhecimento disso. E, principalmente, jamais poderia prever que, para colocar tudo de volta nos eixos, teria que mergulhar de cabeça no sombrio e enigmático mundo dos deuses.
Eu fiquei curiosa em relação a este autor, quando vi uma matéria na revista Superinteressante sobre os 10 escritores nerds que nós precisávamos conhecer. Como uma nerd assumida, lá fui eu começar a "caçar" os livros desses autores, e durante uma troca de livros pelo skoob, tive a oportunidade de adquirir este livro.
Confesso que ele não é nada do que eu esperava. Imaginava um livro sobre deuses e com alguma aventura. Porém, me deparei com uma história muito doida!
Fat Charlie, que apesar de ter o apelido de Fat (gordo) não é gordo, esta de casamento marcado com Rosie. Durante os preparativos para a cerimônia, Rosie pergunta para Charlie se ele não vai convidar o pai para o casamento, e Charlie logo afirma que adoraria não convidar o pai, pois o mesmo passou a vida inteira de Charlie fazendo-o passar vergonha. Inclusive, o apelido de Fat Charlie, foi o pai dele que colocou.
Rosie se nega a acreditar que Charlie terá coragem de deixar o pai de fora da cerimônia e pede que ele ligue para uma vizinha, já muito idosa, que morava na rua em que Charlie cresceu e peça o telefone do pai para ela. Porém, quando Charlie entra em contato com esta senhora, ela lhe informa que seu pai morreu e que ele precisa viajar para a Flórida para o enterro. Uma mistura de tristeza (afinal, o pai dele morreu) e felicidade (por nunca mais correr o risco de passar vergonha por causa do pai) toma conta de Charlie, e ele viaja para o enterro.
Chegando lá, a velhinha (que não vive sem uma caneca de café nas mãos) leva Charlie para a casa do pai após o enterro e revela que o pai dele era na verdade um deus, e que ele tem um irmão que foi mandado embora quando ele era pequeno.
Como assim ele foi mandado embora? Porque ele nunca viu o irmão? E como assim o pai dele é um deus? Deuses podem morrer de infarto?
A velhinha lhe diz que se ele quiser encontrar com o irmão, basta ele pedir para uma aranha encontra-lo e ele aparecerá. Uma noite, Charlie encontra uma aranha em seu apartamento, e meio que de brincadeira, pede que a aranha leve um recado ao irmão dele: Ele gostaria de conhece-lo.
Pronto! No dia seguinte, Spike esta parado em sua porta, ansioso por conhecer o irmão. Mas Spike é um deus, e como um deus, faz apenas o que quer, logo, ele decide levar o irmão para "sofrer" adequadamente com a morte do pai deles. O "sofrimento" inclui bebidas, mulheres e música!
Um deus sabe como sofrer a dor de uma perda, não?!
No dia seguinte, Charlie esta com uma garota na cama, uma baita ressaca e muito atrasado para o trabalho, mas esta tudo bem... afinal, seu mais novo irmãozinho decidiu ir trabalhar no lugar dele, e garantiu que ninguém notará a diferença entre eles (mesmo eles não sendo gêmeos... coisas de deus!)
Só tem um pequeno probleminha... Rosie!
Ele tinha um encontro marcado com Rosie e quem acaba indo neste encontro é Spike!
Spike sempre achou que as mulheres fossem apenas objetos descartáveis, mas com Rosie as coisas parecem um pouco diferentes, e o que seria apenas uma visita rápida para conhecer o irmão, pode ser prolongada para conseguir ganhar o coração de Rosie. Afinal, isso não deve ser tão difícil quando Rosie pensa que esta saindo com o noivo e não com o irmão dele, certo?
Esse é o começo de uma história muito doida, onde teremos a disputa dos irmãos pela Rosie e pela casa (já que Spike se recusa a ir embora). Como Spike é um deus, Charlie precisa utilizar artilharia pesada contra o irmão, ou seja, precisa da ajuda de um outro deus.
Charlie vai até o começo (ou o fim. Depende de que lado da montanha você aparece) do mundo, onde os deuses vivem para tentar encontrar alguém que o ajude a se livrar do irmão.
Charlie e Spike são filhos do deus Anansi (A aranha), que segundo a mitologia africana é o deus das histórias. Na verdade, é um deus que engana todos os outros deuses com sua lábia e por isso, nenhum outro deus quer ajudar Charlie. Todos tem ressentimentos com o pai dele. Porém, uma deusa decide ajuda-lo, mas não sem antes pedir algo em troca.. .e essa troca pode se mostrar muito perigosa, tanto pra Charlie, quanto para Spike.
O livro mistura a mitologia africana, com a história de Charlie, porém, Charlie não é um personagem que nos cative. Ele tem uma vida medíocre; trabalhando em uma empresa que não gosta; atura uma sogra que ele odeia; a noiva quer casar virgem e ele não vê a hora de que essa espera acabe e ainda tem que lidar com o fato de que o irmão dele é mil vezes mais descolado e charmoso do que ele.
Durante a história, vamos acompanhando Charlie na descoberta de quem realmente é Spike, seu pai e até ele próprio, mas essas descobertas acabam ficando enroladas no meio da história dele com Rosie e das velhinhas doidas da Flórida que mais parecem um quarteto de bruxas do que qualquer outra coisa. Acabamos que ficamos sem torcer pelo personagem. Na verdade, nós passamos a torcer pelo Spike (como eu disse, ele é bem mais charmoso que o irmão), o que mostra um contrassenso na história, já que o "mocinho" é Charlie!
Eu achei a história muito confusa; com muitos elementos e não me apeguei aos personagens, mas, isso não quer dizer que o livro seja horrível. Ele só é... fraco.
Quero mt ler algo do autor mas não pretendo começar com esse não...
ResponderExcluirForever a Bookaholic
Quando falou em mitologia africana já me decidi em ler..... mesmo que no final da resenha o livro levasse nota zero não acabaria com minha vontde.
ResponderExcluirOi, Natália
ResponderExcluirQue livro diferente! Achei diferente a história desse livro. Gostaria de ler, pois gostaria de aprender um pouco sobre a mitologia fricana.
Sempre fui apaixonada por mitologia e este livro até que me interessou. Mas fiquei receosa com relação aos seus comentários na resenha. Não esperava que fosse tão fraco assim. Vou pensar se vou ler ou não. Beijos.
ResponderExcluirEnquanto estava lendo sua resenha, fiquei super empolgada.
ResponderExcluirEssa disputa entre irmãos,pelo amor de uma mulher me deixou animada!
Só fiquei com o pé atrás,em saber que a leitura é confusa.
Eu pessoalmente gosto muito do Neil Gaiman e tenho "Os Filhos de Anasi" como um dos meus títulos preferidos. A primeira vez que eu li "Os Filhos..." um personagem que me veio a mente foi o "Irmão Coelho" de "A Canção do Sul" da Disney. Ah, sobre o Fat Charlie, esse é um chavão do Neil Gaiman. Todos os protagonistas dos livros dele começam a história como um zero a esquerda, para no decorrer da narrativa descobrirem mais sobre si.
ResponderExcluirDo Neil só li O oceano no fim do caminho (ameeeei, lindo, lindo, super recomendo se você curte uma fantasia que te leva além dos limites da imaginação). Estou em busca de outros livros dele, mas acho que pela sinopse não leria esse. Deuses e essas coisas não são muito meu gênero e não quero me decepcionar com ele depois de ter admirado tanto a sua obra.
ResponderExcluirPela sua resenha, não parece com algo que eu vá gostar.
ResponderExcluirNão conhecia o livro, mas deve ser interessante, pois gosto de mitologia (tanto faz qual mitologia, a maioria é fascinante ) , mas não gostei dessa capa, meio ou completamente estranha, hahahaha .
ResponderExcluirEstava curiosa com esse livro, mas fiquei com receio.
ResponderExcluirGosto de mitologia, mas a história parecer ser confusa mesmo. Melhor não arriscar.
Mia um que eu passo.
ResponderExcluirBjs, Rose
Não conhecia o livro, mas de já a capa me assusta hahaha, mas um dia quem sabe eu o leia.
ResponderExcluirBeijos! Fê :*
http://fernandabizerra.blogspot.com.br
Esse livro sempre está nas promoções e sempre penso em comprá-lo, mas não sabia que seria tão fraquinho assim... Mas........... acho que gostaria de conferir, vai que para mim a leitura seja ótima, não é mesmo?
ResponderExcluirOi Naty, então, eu não conheço quase nada de Mitologia Africana. Não ficou muito claro, os dois são filhos da mesma mãe ? Um é Deus e outro completamente Humano, é isso ? Realmente, é um pouco confuso, imaginei que o Spike tivesse um poder de mudar a forma fisica para ficar igual o irmao, senão, não tem explicação, rsss. E pensa, para que chamar o pai na festa de casamento se ele nem sabia o telefone do pai. BOm, pela sua resenha, tambem não me conquistou não.
ResponderExcluirNunca tinha visto esse livro em lugar nenhum e confesso que não perdi muita coisa não. Me confundi com tanta coisa e o achei extremamente fraco. Acho que é chatice minha, mas passo esse escorpião (?).
ResponderExcluir