Centelha por Amy Kathleen Ryan

Livro II

Autora: Amy Kathleen Ryan
Editora: Geração Editorial (jovem)
ISBN: 9788581302317
Ano: 2014
Páginas: 376
Classificação: 

Depois de Brilho, a saga nas estrelas continua… Após uma fuga desesperada da nave inimiga, Waverly e as outras meninas sequestradas conseguiram voltar para a Empyrean. Mas o clima por ali não poderia estar pior. Kieran, o menino gentil e sonhador que Waverly amava, assumiu o posto de capitão e passou a agir como um tirano de sangue-frio, deixando a Empyrean sob uma tensão sinistra. Seth Ardvale, líder brilhante e arqui-inimigo de Kieran, foi trancafiado na prisão, sem julgamento. As crianças prodígios que mantêm a nave funcionando estão revoltadas com o autoritarismo do líder. Para completar, uma explosão faz soar o alarme de mais uma ameaça. Eles não estão sozinhos. A tripulação aterrorizada terá que lidar com um inimigo pior do que a New Horizon, ou o delírio de Kieran. Seth descobre um passageiro clandestino na nave, que se move silenciosamente, deixando rastros de sangue por onde passa. O criminoso quer vingança. E só Waverly é a chave para entender seu ódio e impedir que ele detone sua bomba-relógio.

Você pode ler a resenha de Brilho clicando aqui.

Após um ataque contra a Empyrean, todas as meninas foram sequestradas e levadas à New Horizon. Lá, elas passaram o pior pesadelo de suas vidas, mas graças à Waverly e outras meninas, conseguiram fugir e voltar à sua nave de origem. Porém, o que ninguém esperava era que nesse meio tempo em que as meninas estiveram fora, Kieran assumisse o posto de capitão sem que houvesse uma votação, causando a fúria de muitos da Empyrean e um dos que definitivamente não aceitou tal autoritarismo foi Seth, que acabou indo parar na prisão.

Quando as meninas voltaram à nave, se depararam com uma situação que realmente não esperavam. Um Kieran autoritário... Praticamente um ditador. Além de uma nave insatisfeita com seu capitão e as emoções de todos a flor da pele, afinal, as meninas conseguiram voltar à nave, mas os adultos que restaram do ataque ainda permaneciam aprisionados na New Horizon.

Waverly que já havia vivido um inferno na New Horizon, acaba se deparando com um outro inferno na Empyrean. Afinal, ela já não reconhece mais Kieran, que era seu noivo antes do sequestro e ele por sua vez já não vê Waverly como antes, mas sim como uma inimiga, visto que ela não concorda com a forma como ele se auto-intitulou capitão da nave e principalmente não concorda que Seth esteja preso sem direito a um julgamento como deveria ser. E não é só isso. Mesmo tendo conseguido salvar todas as meninas das guarras da New Horizon, Waverly nem de longe é considerada uma heroína, visto que todos a culpam por ela não ter conseguido libertar também seus pais de lá.

Com isso, Kieran e Waverly que antes se amavam agora são inimigos declarados e a nave está dividida entre aqueles que concordam que Kieran esteja no comando e aqueles que querem tirá-lo do poder. Mas os problemas não acabam por aí... A nave acaba descobrindo da pior forma possível, ou seja, através de uma explosão, que existe um inimigo infiltrado na Empyrean. Desta forma, além de todos os problemas internos, terão que encontrar o invasor que se encontra sabotando a nave e mais... Deverão encontrar uma maneira de resgatar seus pais da New Horizon antes que seja tarde demais.

Posso afirmar que Centelha foi sem sombra de dúvidas infinitamente melhor que Brilho. Amy Kathleen Ryan conseguiu dar um up incrível na história, mesmo que eu tivesse terminado a leitura de Brilho achando que a continuação não seria muito boa.

Centelha possui uma história dinâmica e a leitura flui muito bem, devido aos fatos que ocorrem seguidamente. Porém, o livro mais uma vez não recebeu nota máxima por alguns motivos e um deles eu já havia citado na resenha de Brilho. Um deles foi por ainda não termos nenhuma resposta das muitas perguntas que nos são lançadas desde o primeiro livro. Além do final do livro que não me agradou nem um pouco. A autora finalizou a história de Centelha de uma maneira que me deixou absolutamente indignada. Quando o livro terminou pensei: O que? Não é possível que terminou assim! Algo que também me incomodou bastante ao longo da leitura foi a inconsistência do personagem Kieran. Até agora eu não sei dizer se a autora quer que ele seja um vilão ou uma boa pessoa. A impressão que tive ao longo de todo livro é que uma hora ela decidia que ele seria o vilão, mas que as vezes ela esquecia e o colocava como uma pessoa boa, e isso me deixou realmente frustrada. Porém, independente desses detalhes, é um livro muito rico em ação e tem o poder de te deixar verdadeiramente ansioso para saber o que vai acontecer em seguida.

Não posso deixar de comentar também sobre o capricho da Geração Editorial com o livro, pois a capa é bem legal; a diagramação e a revisão mais uma vez estão impecáveis; as folhas são amareladas e o tamanho da letra é agradável para leitura.

Agora, é aguardar pela continuação e torcer para que a autora nos dê as respostas para as tantas perguntas e que continue com o mesmo ritmo de Centelha.