Café Preto por Agatha Christie

Autora: Agatha Christie
Editora: BestBolso
ISBN: 9788577990764
Ano: 2010
Páginas: 154
Classificação: 

No ano de 1934, o detetive belga Hercule Poirot é convocado por um famoso cientista inglês temeroso de que a fórmula secreta que está desenvolvendo seja roubada. Ao lado do seu fiel escudeiro, o capitão Hastings, Poirot apressa-se em atender ao chamado, mas chega tarde demais. Encontra seu cliente morto, e a fórmula desaparecida. Todos os ocupantes da bela casa de campo do cientista são suspeitos, e só as privilegiadas células cinzentas de Poirot poderão descobrir o verdadeiro culpado. Café Preto foi escrito originalmente como uma peça em três atos. Charles Osborne, biógrafo de Agatha Christie, encarregou-se da tarefa de transformar o texto em romance.

Pra quem não sabe, a Agatha escreveu mais de 80 livros ao longo da vida dela, porém, ela também escreveu inúmeras peças de teatro consagradas. Algumas peças dela são tão famosas quanto os livros, como por exemplo, Mousetrap (A Ratoeira) que é encenada até hoje em um teatro em Londres, bem no centro da cidade, onde estão localizados todos os grandes teatros da capital inglesa. 

Este livro é uma adaptação de uma dessas consagradas peças de teatro da Dama do Crime, que foi adaptado por Charles Osborne conhecido por ser um dos grandes biógrafos da Agatha. 

Por se tratar de uma peça de teatro, o texto original estava dividido em atos e em falas, como um script. A editora optou por refazer todo o texto colocando o texto corrido, como as histórias que estamos acostumados a ler nos livros da Agatha. Por esse motivo, obviamente, algumas coisas foram mudadas para se encaixarem, mas isso não muda a história quando é bem feito...
E, é claro, que eles tomaram esse tipo de cuidado, já que se trata da obra de uma das maiores escritoras inglesas da história. 

Falando em história, essa começa com Poirot tendo seu café da manhã interrompido por um telefonema de Sir Claude, um físico muito famoso  que esta trabalhando em uma fórmula revolucionária para um novo composto capaz de deixar qualquer arma da época para trás. 
Ele solicita que Poirot vá encontra-lo em sua casa de campo/laboratório para que ele possa lhe entregar a fórmula e Poirot possa leva-la em segurança até o ministério da defesa. 
Sir Claude suspeita que alguém em sua casa esta planejando rouba-la e pede que o detetive belga se apresse em sua partida. 

Sir Claude vive em sua casa de campo com seu secretário particular, sua irmã solteirona, seu filho e a esposa italiana dele, e uma sobrinha bem moderninha para os padrões da sociedade da época. 
Após telefonar para Poirot solicitando seus serviços, um suposto amigo de sua nora italiana chega na casa de campo e é convidado por sua irmã a se juntar a eles durante o fim de semana. Mas ao que parece a nora de Sir Claude não fica muito feliz ao reencontrar esse velho amigo...

Após o jantar, todos se encaminham para o escritório para ouvirem o gramofone e tomarem um pouco de xerez e café, quando eles percebem que estão todos trancados na sala. Por que? 
Sir Claude logo explica que muito em breve chegará um detetive que ele mandou chamar mais cedo quando suspeitava que havia alguém tramando o roubo de sua fórmula. Segundo Sir Claude, suas suspeitas estavam corretas e a fórmula não esta mais no cofre, e todos os presentes na sala são suspeitos. 
Ele resolve dar uma chance do ladrão se redimir (afinal... grande parte dos presentes são da família dele...), apagando as luzes da casa para que o mesmo deixe o envelope contendo a fórmula em cima da mesa. Porém, quando as luzes se acedem novamente, o envelope esta na mesa, vazio, e Sir Claude esta morto. 
Neste momento, o mordomo abre a porta e introduz Hercule Poirot, que veio de Londres para resolver um caso de roubo e acaba se deparando com um assassinato. 
Como é possível matar um homem tendo várias testemunhas na mesma sala que o cadáver e o assassino, já que todos estavam trancados? 
Bem... como Hercule Poirot sempre diz: "Ponham suas células cinzentas para funcionarem."

Esse livro foi uma leitura bem rapidinha, pois levei menos de 1 dia para finaliza-la, mas foi uma agradável surpresa, pois por ser originada de uma peça de teatro a dinâmica dos acontecimentos e do desvendar do mistério também segue em um ritmo mais acelerado. 
Na minha opinião, não chega a superar O caso dos cinco negrinhos, pois pra mim, essa é a obra prima insuperável de Agatha, mas ele ganha fácil 4 estrelas, porque a história é realmente muito boa! 
Boa leitura!