Almanegra por Jodi Meadows

Livro II - Trilogia Incarnate

Autora: Jodi Meadows
Editora: Valentina
ISBN: 9788565859677
Ano: 2015
Páginas: 334
Classificação: 

Ana sempre foi a única. Marginalizada. Apartada. E, para piorar, após o Escurecimento do Templo causado por seu pai, vários cidadãos de Heart a culpam pela perda definitiva de algumas almas, as almasnegras — e pelas almasnovas que nascerão em seu lugar. SOMBRAS Muitos temem a presença de Ana, um lembrete constante das mudanças irreversíveis. E quando as sílfides começam a se comportar de maneira diferente em relação a ela, Ana terá que aprender não apenas a se defender como àqueles que não podem fazer isso por si mesmos. AMOR Ana aprendeu desde cedo que os sem-alma não podem amar. Mas, e as almasnovas? Mais do que tudo, ela deseja ter a chance de viver e amar como qualquer outro cidadão de Heart, porém mesmo depois de Sam declarar seus mais profundos sentimentos, será que ela conseguirá superar uma vida inteira de rejeição e aceitar o amor? Almanegra explora a beleza e as profundezas sombrias da alma, numa história que é ao mesmo tempo um romance épico e uma fantasia cativante.

Você pode ler a resenha de Almanova - primeiro livro da série, clicando aqui.

Ana sempre foi diferente por ser a única Almanova em Heart, uma vez que todos os cidadãos deste lugar têm pelo menos cinco mil anos de reencarnações, mas ela não. Ana nasceu no lugar de Ciana. Uma alma que deveria reencarnar, mas que por um motivo que ninguém sabe, foi Ana quem nasceu em seu lugar e por conta disto é odiada, maltratada e agredida desde o seu nascimento.

No primeiro livro acompanhamos toda a trajetória dela e seu crescimento como pessoa, pois mesmo sofrendo todos os tipos de agressões físicas e mentais ela sempre foi forte e nunca se deixou abater. Sempre tentou aprender tudo sozinha já que se recusavam a ensinar qualquer coisa para ela uma vez que a acusavam de ser uma sem-alma. No desenrolar de Almanova, algo terrível acontece e algumas almas simplesmente não poderão reencarnar nunca mais e como sempre, culpam Ana por tudo o que aconteceu, pois tudo de diferente e inesperado que acontece em Heart e que eles entendem como algo ruim para eles, associam a Ana. Com isso, após este acontecimento que ficou conhecido como o Escurecimento do Templo, a vida dela que antes já era ruim ficou ainda pior... Num estágio inimaginável. A fim de rever sua vida e tentar entender o que causou o Escurecimento do Templo, Ana decide se mudar por um tempo para sua antiga casa, onde Sam, que sempre esteve com ela desde que a conheceu decide acompanhá-la nesta busca pela verdade e lá eles descobrem coisas que sequer poderiam um dia imaginar. Mas quando acham que estão indo pelo caminho certo, novos e inesperados acontecimentos surgem colocando a vida de Ana em perigo como nunca esteve. Ela, Sam e seus amigos - pessoas que não acham que ela é um monstro só por existir - terão que correr contra o tempo para manter não só Ana viva, mas as Almasnovas que vem nascendo e que já estão sendo ameaçadas. Ana também descobrirá que a verdade por trás de anos de reencarnações é terrível e dolorosa.

Tenho duas palavras que conseguem definir bem Almanegra: Decepção e tédio. Quando soube do lançamento deste livro fiquei empolgadíssima, pois como vocês devem ter visto pela resenha de Almanova, eu simplesmente amei tudo. Amei o enredo, amei a história mega original, amei a protagonista que mesmo sendo massacrada desde criança sempre foi uma personagem forte, enfim... Achei o livro tão bom que dei cinco estrelas, até vir Almanegra sem nenhum propósito. Um livro completamente descartável que não acrescentou em absolutamente nada na história. Na verdade, muito mal tem uma história. O romance de Ana e Sam que achei de uma meiguice sem fim em Almanova, foi sem graça e sem nenhuma profundidade em Almanegra. Na verdade, Almanegra é noventa por cento Ana e Sam num lenga lenga de dar sono. O que mais me deixou irritada neste livro é que ele tinha uma infinidade de coisas para explorar... Coisas que Ana tinha que descobrir... Situações verdadeiramente pavorosas que ela passou e que deveriam ter tido mais foco, pois eram o ponto alto do livro... Mas a autora sempre dando ênfase ao romance chove-não-molha deles. Todo o livro foi basicamente focado em: "Ana tocando música com Sam", "Ana se fazendo de coitada por não saber se era capaz de amar" e "Sam com sua crise de identidade" - e nem quando algo um pouco diferente disso acontecia, conseguia me animar, pois mesmo nestas partes em que eu pensava: Agora vai!, simplesmente não ia. Ou ia e era de uma forma absurdamente pobre. Ou seja, muito mal desenvolvida.

A impressão que eu tive de Almanegra, é que ele foi escrito para que fosse possível fazer uma trilogia, já que ele não acrescenta praticamente nada à história que somos apresentados em Almanova e que talvez, pois já perdi as esperanças, as coisas de fato aconteçam em Infinita, terceiro e último livro da série.

Falando da parte física do livro, a capa é absolutamente linda assim como a de Almanova; a diagramação e a revisão estão impecáveis; o tamanho da letra é um pouco pequena, mas agradável para a leitura e as folhas são amareladas.

Estou tentando encontrar ânimo para ler o terceiro livro, pois a minha leitura de Almanegra foi tão arrastada que demorei quase dois meses para conseguir finalizá-lo e a cada vez que tinha que voltar a leitura dele sentia até tristeza, e me apavora ter que passar por isso com a leitura de Infinita. Torço para que pelo menos a série termine de uma forma boa. Vamos ver...