31 de março de 2016

Eu me chamo Antônio por Pedro Gabriel

Autora: Pedro Gabriel
Editora: Intrínseca
ISBN: 9788580574357
Ano: 2013
Páginas: 192
Classificação: 
Antônio é o personagem de um romance que está sendo escrito e vivido. Frequentador assíduo de bares, ele despeja comentários sobre a vida — suas alegrias e tristezas — em desenhos e frases escritas em guardanapos, com grandes doses de irreverência e pitadas de poesia. Antônio é perito nas artes do amor, está sempre atento aos detalhes dos encontros e desencontros do coração. Quando está apaixonado, se sente nas nuvens e nada parece ter maior importância, e, quando as coisas não saem como esperado, é capaz de enxergar nas decepções um aprendizado para seguir adiante. Do balcão do bar, onde Antônio se apoia para escrever e desenhar, ele vê tudo acontecer, observa os passantes, aceita conversas despretensiosas por aí e atrai olhares de curiosos. Caso falte alguém especial a seu lado (situação bastante comum), Antônio sempre se acomoda na companhia dos muitos chopes pela madrugada.

Eu sou um dos quase 950 mil leitores que acompanham a obra de Pedro Gabriel pelo Facebook. A página se iniciou em 2012 e confesso que não lembro desde de quando leio os guardanapos de Pedro/Antônio. Para quem não conhece esse trabalho, o autor compartilha frequentemente gravuras feitas em guardanapos, com letras na maioria das vezes bem caricatas, sempre muito poéticas e sempre criativas. Na verdade esse é o ponto que viciou em acompanhar as suas postagens: A criatividade.
Abaixo segue a descrição da página no facebook:
Eu me chamo Antônio. Nasci no coração do mundo. Mais precisamente na África. Mais exatamente em N´Djamena, a capital do Chade. Aos 12 anos cheguei ao Brasil com uma mala cheia de brinquedos e saudades. Sim, saudade no plural. Saudade de todos que deixei e conheci. Até os 13 eu não formulava uma frase correta em português. Talvez esse seja o motivo principal pelo qual comecei a prestar mais atenção nas palavras, a brincar com elas, a entendê-las. Ah, eu adoro silêncio, distância, girafas e amores impossíveis. (Confesso que prefiro as girafas!).
 Antes de se aventurar nas páginas desse livro é essencial ter em mente um ponto. "Eu me chamo Antônio" é uma obra que foi escrita com extrema sensibilidade e só é possível gostar do livro se também for lido sem pressa e aberto para um dialogo com cada página. É uma obra fácil de ser lida em horas, me arrisco a dizer minutos, mas impossível de ser aproveitado na totalidade com tanta rapidez. Por página, você irar encontrar poucas frases, mas que renderiam páginas de interpretação.
 Em algumas ocasiões, a grafia pode irritar um pouco os menos pacientes, mas fazem toda a diferença para que você entre na brincadeira das palavras. Por diversas vezes, quando encontrei expressões comumente utilizadas, mas escritas com os garranchos característicos do autor, eu automaticamente completei a frase devido a dificuldade em ler, mas ao observar melhor, percebi a brincadeira, que transforma frases comuns em poesia. Deixo um exemplo logo abaixo, retirada da página www.facebook.com/eumechamoantonio
Quem nunca amou, que atire a primeira PERDA.
Uma dica importante! No final do livro, você encontra uma lista com as frases de cada página. Se você encontrar alguma dificuldade de ler, basta consultar as ultimas páginas do livro. Eu aconselho que mesmo que você esteja entendendo, confira a transcrição e evite ser enganado pelo hábito rápido de leitura. Digo por experiência própria.
 Deixo aqui as minhas merecidas 5 estrelas pela sensibilidade e criatividade, elevando mensagens em guardanapos a um nível único.

Um comentário

  1. já havia visto esse livro mas ainda não li
    pretendo em breve ter ele ;)

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