21 de janeiro de 2019

O Museu das Coisas Intangíveis por Wendy Wunder

Autora: Wendy Wunder
Editora: Novo Conceito
Ano: 2018
ISBN: 9788581638744
Páginas: 256
Classificação: 

Noah, o irmãozinho de oito anos de Zoe, tem uma síndrome rara. Ele aprendeu a ler quando tinha dois anos. Entende a teoria da relatividade de Einstein e já leu todos os livros do Stephen Hawking. É obcecado pelo cosmo e fala constantemente sobre isso, sem nem mesmo perceber se você está escutando ou não. Apesar disso tudo, não consegue processar qualquer coisa irracional ou intangível. Emoções são um mistério para ele. Sonhar ou imaginar é algo totalmente estranho. Zoe, para ajudá-lo, criou para ele, o Museu das Coisas Intangíveis, com instalações conceituais artísticas complexas, improvisadas no porão de sua casa. Medo, inveja, coragem, despreocupação, verdade, perdão, vergonha: e tantos sentimentos que ela tenta ilustrar e definir para ele todos os dias. Zoe acredita que Hannah,  sua melhor amiga, não tem controle sobre as coisas intangíveis da vida. Um dia, Zoe convence Hannah pegar a estrada juntas, e assim como fez com seu irmão, ela começa a expor sua amiga a situações que procuram mostrar o significado e o valor de todas essas coisas, fazendo com que ambas percebam o que realmente querem da vida. 

Estava já há muito tempo sem ler quando recebemos esse lançamento da Novo Conceito e resolvi arriscar a leitura. Pois é aí que começaram as surpresas.

Peguei o livro, li a sinopse, imaginei o que estava por vir e comecei a lê-lo. Quando eu terminei a leitura eu voltei para a resenha para ver se eu tinha perdido alguma coisa. Gente, talvez eu tenha um problema com interpretação de texto, mas eu realmente entendi que a história seria sobre Zoe, sobre sua perspectiva, talvez até sobre Zoe e seu irmão com dificuldades de se relacionar com as pessoas. Mas não. O livro é narrado sobre a perspectiva de Hannah. E mais, eu também entendi que seria desenvolvido em cima da aventura que as amigas viveriam. Outro engano, a história na verdade é sobre uma amiga (Hannah) que tenta evitar ainda mais problemas devido a sua amiga que esta a beira do surto (Zoe).
Mesmo não me interessando pela sinopse do livro (que como eu já havia dito não tem muito a ver com a história), por já ter livro outro livro da autora e ter gostado da escrita dela eu achei que valeria a pena arriscar. Mas olha, estou até agora pensando se fiz uma boa escolha...
A história começa bem, eu estava empolgada lendo em pé no ônibus, compreendendo a vida das amigas Hannah e Zoe. Entendendo um pouquinho sobre a síndrome do irmão de Zoe, conhecendo o relacionamento das garotas: elas vivem num lugar sem perspectivas de futuro, Hannah está tentando juntar uma grana para sair de lá e fazer faculdade, e sua amiga Zoe está cada dia mais esquisita.
Falando em esquisito, pausa para um momento esquisito: Como não tem condições de pagar uma boa escola, as garotas se infiltram na escola particular da cidade e ficam lá escondidas ouvindo a aula pelo chão (elas se escondem diariamente no sótão da escola...) Eu fiquei me perguntando se no mundo real isso seria possível... Elas entram numa sala cheia de crianças e escalam para o sótão. As crianças estão la dormindo, mas ninguém monitora as crianças? Numa escola particular? Além de outras coisas que li adiante esse ponto sempre volta a minha cabeça quando penso no livro e fico "mas geeeente.. como assim?!?!".
Voltando... Hannah então sofre uma grande desilusão amorosa e ainda é roubada pelo seu próprio pai alcoólatra, o que acaba com suas perspectivas de sair daquela vidinha. E então, no meio desse caos da vida de Hannah, Zoe surta de vez...
E eu surtei junto e me perdi...
Por conta da doença (transtorno bipolar), Zoe tem algumas alucinações e acredita que os “alienígenas” estão chegando para mandá-la para um outro planeta. Ela é uma excelente amiga e irmã. Mas a forma como a autora foi conduzindo a história me fez achar que eram duas garotas mimadas e rebeldes.
Comecei a tomar um pouco de ranço da Zoe. Não me julguem, eu entendo que não era ela mas sim a doença agindo, mas parecia que ele se aproveitava da Hannah, que era uma garota boa, daquelas que parecem que a vida sempre vai puxar o tapete.
Aos poucos eu fui me desconectando do livro e continuei lendo apenas para acabar...

Adorei a capa, achei bem conectada com a história. Eu não diria que esse livro é péssimo, mas também não está na minha lista de indicações.

Se você leu (ou ler) me ajuda a compreender melhor a leitura e talvez amar um pouquinho a Zoe (realmente me sinto mal por ter ficado chateada com ela!)


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